Na semana passada, Sérgio Werlang, sócio fundador da Sarpen e ex-diretor do Banco Central, fez contribuições para a Veja, que foram utilizadas tanto na matéria de capa sobre a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central, quanto em uma publicação online desta semana, que foca na condução das metas de inflação no Brasil.
Werlang, que foi responsável pela implementação do sistema de metas de inflação no Brasil, afirma que não vê necessidade de um aperto monetário imediato, apesar das pressões inflacionárias. Ele defende que a Selic a 10,5% é suficiente para manter a inflação dentro do intervalo de 3% a 4,5%. Werlang também critica a meta central de 3%, argumentando que é baixa demais para a realidade estrutural do Brasil, sugerindo que uma inflação próxima a 4% seria mais realista. Além disso, ele alerta que seguir a meta 'à ferro e fogo' é inviável, especialmente com a atual situação fiscal do país, e defende uma abordagem mais equilibrada, como a adotada pelo atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Werlang também expressa confiança na capacidade de Gabriel Galípolo, indicado para assumir a presidência do Banco Central, de lidar com os desafios dos juros altos com responsabilidade.
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Crédito da Imagem: Banco Central do Brasil (Imagem 49)
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