Em entrevista ao Valor Econômico, Sérgio Werlang - sócio fundador da Sarpen, ex-diretor do Banco Central e professor de economia na Fundação Getúlio Vargas (FGV) - destaca a importância do aumento da arrecadação para o sucesso do novo arcabouço fiscal e considera viável alcançar um déficit primário zero em 2025 ou até um superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).
Werlang vê algumas das propostas do governo como medidas que eliminam distorções na economia, contribuindo para uma maior justiça tributária. Ele também ressalta que a aprovação dessas medidas requererá um esforço significativo de negociação com o Congresso e também destaca que há risco de o governo ceder à tentação de aumentar os gastos, o que poderia desestabilizar a economia e levar a um aumento descontrolado da dívida pública.
Criador do sistema de metas de inflação no país, Werlang é a favor de uma meta maior para possibilitar quedas maiores nos juros, quando ficar claro o controle fiscal: “Nossa meta é 3%, um nível de inflação baixo para o Brasil. Se a parte fiscal estiver sob controle, seria natural que o governo revisse a meta de inflação um pouco para cima, para 3,5% ou 4%, mais adiante. A condição é um [cenário] fiscal sob controle”.
Quanto à influência do cenário internacional sobre as taxas de juros no Brasil, Werlang afirma que a diferença entre os juros no Brasil e nos Estados Unidos é monumental e que o cenário internacional não deve afetar drasticamente o país, pois a maior parte dos fatores econômicos depende das políticas internas do Brasil.
Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui:
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2023/08/25/superavit-em-2025-e-possivel-mas-exige-esforco-no-congresso-afirma-werlang.ghtml
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